Quem já fez ou está fazendo intercâmbio sabe da dificuldade de encontrar lugares para treinar a conversação. Por conviverem com muitos brasileiros nas escolas e muitos dividirem a casa com pessoas da mesma nacionalidade, fica mais difícil lidar com nativos do país escolhido e perder a vergonha de falar outra língua.

Mas na Universal de Dublin, capital da Irlanda, há um grupo disposto a ajudar estudantes de vários países na aprendizagem do inglês. É o Sundays free english conversation (algo como “Conversação gratuita de inglês aos domingos”).

A voluntária Sheila Bispo Adamska é a coordenadora e explica que o projeto surgiu porque a Universal do país recebia pessoas de diferentes nacionalidades que não conseguiam se comunicar por terem vergonha de falar inglês. Ela mesma sentiu dificuldade na sua primeira experiência como intercambista, em 2008.

“Na época eu sentia falta de espaços em que pudesse praticar o idioma e interagir mais com os irlandeses e estrangeiros de outros países. Se quisesse falar com um europeu, tinha que ir para a rua. O projeto veio justamente com o intuito de preencher essa lacuna, que ainda existe”, conta.

Todos os domingos, às 15h, Sheila e o esposo, o polonês Cesary Adamski, reúnem cerca de 30 pessoas de vários países para discutir um tema. Após apresentar palavras, frases e perguntas, a sala se divide em grupos que começam a conversar sobre o assunto. Tudo acontece de forma dinâmica e os coordenadores estão sempre a postos para tirar dúvidas. O encontro é gratuito e, além da interação entre os participantes, uma vez por mês um especialista é convidado para dar dicas sobre a elaboração de currículos e como proceder nas entrevistas de emprego na Irlanda.

Para saber mais, acesse a página do grupo, clicando aqui. O endereço dos encontros é 157, Phibsboro Road, em Dublin 7.

Além das aulas

Ao final de cada encontro, os voluntários falam das reuniões que acontecem na Universal e se colocam à disposição para ajudar quem necessita. “Algumas pessoas participam do encontro e perguntam o que é o prédio onde estão. Daí conversamos e explicamos sobre o trabalho da Universal. O grupo é exatamente para isso, mostrar aos participantes que a Igreja está de braços abertos para ajudar a qualquer um, de qualquer religião”, explica Sheila.

O brasileiro Felipe Chagas, de 27 anos, estudou no país e participou dos encontros. Ele já conhecia a Universal e afirma que o grupo é uma ótima ferramenta, tanto para o lado profissional como espiritual. “Eu tinha muita vergonha de falar inglês, mas o grupo me ajudou a desenvolver o idioma e perder o medo”, conta.

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